Riga, a capital da Letónia, é uma cidade Arte Nova. O centro da cidade contém a melhor concentração de imóveis Arte Nova do mundo: mais de um terço de todos os imóveis presentes são Arte Nova em estilo. Trata-se de um conjunto urbano listado na lista do património mundial da UNESCO. O início do século XX constituiu uma “era dourada” para o desenvolvimento da cidade. Riga tornou-se um dos maiores centros de indústria, comércio e cultura na costa este do mar Báltico. A população quase que duplicou no decorrer de 15 anos, ultrapassando os 500 000 nas vésperas da I Grande Guerra.

Os primeiros imóveis Arte Nova surgiram em 1899. Após 1904, o estilo eclético desapareceu das construções de Riga, sendo completamente substituído pelo gosto Arte Nova.

O novo estilo recebeu inspiração das correntes alemã, austríaca e finlandesa, mas radica, essencialmente, nas tradições culturais locais. Primariamente empregavam-se arquitetos locais, a maioria dos quais licenciou-se no Departamento de Arquitetura (estabelecido em 1869), do Instituto Politécnico de Riga.

Dentro da grande diversidade de tendências patentes no movimento Arte Nova, Riga revela-se comedida, prevalecendo o sentido estrutural do idioma arquitetónico, se bem que também existam alguns edifícios luxuosamente decorados. Os mais característicos são os designados “Perpendicular Art Nouveau” – arte nova perpendicular e “National Romanticism” – Romantismo Nacional. O último reflete a procura pela identidade nacional da Letónia, no campo da arquitetura. Arte Nova em Riga tratou-se de um fenómeno altamente profissional e versátil, onde todas as artes visuais se fundiram numa só.